quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um pouco de carinho.

Ès uma querida e sempre o serás para mim "AMIGA", Grato pelas palavras..
Diz-me, Amor; Como Te Sou Querida

Dize-me, amor, como te sou querida,
Conta-me a glória do teu sonho eleito,
Aninha-me a sorrir junto ao teu peito,
Arranca-me dos pântanos da vida.

Embriagada numa estranha lida,
Trago nas mãos o coração desfeito,
Mostra-me a luz, ensina-me o preceito
Que me salve e levante redimida!

Nesta negra cisterna em que me afundo,
Sem quimeras, sem crenças, sem turnura,
Agonia sem fé dum moribundo,

Grito o teu nome numa sede estranha,
Como se fosse, amor, toda a frescura
Das cristalinas águas da montanha!
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

Que o dia de amanhã seja maravilhoso para impulsionar um fim-de-semana fogoso.

terça-feira, 23 de junho de 2009

SIMPLESMENTE …

Adoro viver, mais ainda quando a vida me gratifica o meu humilde desempenho que nela efectuo, sempre que posso ajudo pessoas e sou ajudado por pessoas que entendem perfeitamente o sentido de comunidade e companheirismo.
A vida tem muitos pontos de chegada e partida, tanto num como no outro deveremos saber estar perfeitamente á vontade para qualquer eventualidade inesperada, mas devemos saber também, leva-la a bom porto com um sorriso de surpresa sobre uma incompatibilidade ou não, que na altura parecia algo insuperável.
Assim as receptividades sobre qualquer facto são de excelente qualidade humana.
Já me aconteceu com desconhecidas, variadas vezes em casos mútuos, onde ajudei e fui ajudado, tal como num caso de hoje.
Uma vénia á simpatia.
Agora vou deixar algo de agradável para lerem.

AMIZADE

Amizade é igual ao vento
Às vezes sopra lento
Como brisa que acalenta
Em outras tantas é vendaval
Como um turbilhão de alegrias
Participando de nossas vidas
E nos protegendo de todo o mal.
.
Amizade
É como um mar
Imenso sem contestar
Onde todos querem navegar
Fortalecido pelas ondas,
Mas poucos podem nadar.
.
Amizade é sempre assim
Transparente, verdadeira
Você faz parte de mim
E eu parte de você,
Por uma vida inteira.

Para amigos não há adeus
Um até breve talvez
As lembranças são eternizadas
Pois a amizade é guardada
Para sempre ser recordada
(Autoria: Vandia Alves)
Bem, acho que mais uma vez, não posso dizer que não existem pessoas simpáticas e humanas, neste Mundo de estranhos num primeiro encontro.
Fiquem bem.

domingo, 21 de junho de 2009

PASSOU-SE…

Mais um encantador fim-de-semana.
Felizmente este foi deveras interessante e sociavelmente sossegado, onde existiu um pouco de tudo o que se possa considerar de excelente qualidade.
As pessoas com quem estive eram extremamente simpáticas, todas que para uma primeira abordagem, foram de uma sensibilidade extrema em preservar um ambiente harmonioso e educacional mente engrandece dor, o facto de eu ter sido convidado por uma amiga minha, única conhecida para este encontro, onde eu coloquei os pés pela primeiríssima vez, fez com que eu inicialmente me fecha-se ou interioriza-se, mas depois de uma abertura de diálogos, passou a ser um tempo muito bem passado, simplesmente adorei cada momento, estes que vieram contribuir mais para aumentar a minha boa disposição e felicidade do modo de estar na vida.
Na verdade algumas das melhores coisas da vida é conseguir tirar um pouco de proveito dos tempos de lazer, onde se pode conseguir um saudável divertimento e relaxamento.
Só se consegue quando as pessoas sabem educadamente socializar.
Estou um pouco sonolento, pois tenho dormido pouco, assim sendo vou deixar algo para lerem.

Anjos mulheres
.
As mulheres voam
como os anjos:
Com as suas asas feitas
de cristal de rocha da memória
.
Disponíveis
para voar
.
soltas...
.
Primeiro
lentamente: uma por uma
.
Depois,
iguais aos pássaros
.
fundas...
.
Nadando,
juntas
.
Secreta: a rasar o
chão
.
a rasar a fenda
da lua
.
no menstruo:
por entre a fenda das pernas
.
Às vezes é o aço
que se prende
na luz
.
A dobrarmos o espaço?
.
Bruxas:
.
pomos asas em vassouras
de vento
.
E voamos
.
Como as asas
lhe cresciam nas coxas
.
diziam dela:
que era um anjo do mar
.
Rondo alto,
postas em nudez de ombros
.
e pernas
.
perseguindo,pelos espaços,
lunares
da menstruação
.
e corpo desavindo
.
Não somos violência
mas o voo
.
quando nadamos
de costas pelo vento
.
até à foz do tempo
no oceano denso
da nossa própria voz
.
Sabemos distinguir
a dormir
os anjos das rosas voadoras
.
pelo tacto?
.
Somos os anjos
do destino
.
com a alma
pelo avesso
do útero
.
Voamos a lua
menstruadas
.
Os homens gritam:
– são as bruxas
.
As mulheres pensam:
– são os anjos
.
As crianças dizem:
– são as fadas
.
Fadas?
.
filigrana cintilante
de asas volteando
no fundo da vagina
.
Nadamos?
De costas,
no espaço deste século
.
Mudar o rumo
e as pernas mais ao
fundo
.
portas por trás
dobradas pelos rins
.
Abrindo o ar
com o corpo num só golpe
.
Soltas,
viando
até chegar ao fim
.
Dizem-nos:
que nos limitemos ao espaço
.
Mas nós voamos
também
debaixo de água
.
Nós somos os anjos
deste tempo
.
Astronautas,
voando na memória
nas galáxias do vento...
.
Temos um pacto
com aquilo que
voa
.
– as aves
da poesia
.
– os anjos
do sexo
.
– o orgasmo
dos sonhos
.
Não há nada
que a nossa voz não abra
.
Nós somos as bruxas da palavra
(Autoria: Maria Tereza Horta)
Bem e agora vou desejar uma optima semana para vós e que seja passada com um espirito de grande harmonia com o bom ambiente.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

AI QUANTO EU PENSEI EM TI…

Sexta-feira á tarde, chegas-te mesmo na hora em que a minha resistência se estava a acabar, sinto-me a derreter por dentro, consumido com o cansaço psicológico de uma intensa semana.
Agora é só descanso, mas só de um dos trabalhos, pois a casa precisa sempre de uma atenção ao sábado de manha, pelo menos mínima que seja, mais as compras de fim-de-semana, mas depois é só lazer, não irei confeccionar nada, as refeições serão no exterior, penso eu de que não existirá nada para me estragar o meu belo pensamento.
Irá ser revigorante e de certa forma muito especial este fim-de-semana.
Mas como tinha dito o jantar de hoje iria ser uma receita da minha amiga Inês, a qual eu vou passar, pois eu fiquei esclarecido por ela de que não se importava deste facto.

PEIXE com MASSA
Ingredientes:
500gr – De Corvina
250gr – De massa “cotovelos pequenos”
2 – Cebolas pequenas
1 – Dente de alho
1 – Malagueta
1 – Folha de louro
1- Pimento verde (pequeno)
1 – Pimento vermelho (pequeno)
(?) – Azeite qb
1 – Hortelã
(?) – Coentros
(?) - Pimenta
Preparação:
Tempera-se o peixe com um pouco de sal, isto é com pouco, para este ir absorvendo.
Começa-se pelo refogado numa panela, com as cebolas, os alhos picados, regando-se com um fio de azeite.
Depois junta-se o louro, o tomate, os pimentos afatiados, a massa e deita-se água suficiente para cozer a massa, vai depois o peixe temperado com sal, coloca-se um pouco de pimenta.
Vai-se verificando a água e o sal.
Deixa-se apurar bem.
Come-se quente, ao servir espalha-se os coentros e folhas de hortelã.
Deve ficar bom, logo á noite, ficarei a saber o resultado, ah, ah, ah, ah.
Mas para se ler tenho algo que li.

REGRESSO

Meu amor, vem comigo, de mãos dadas,
Por veredas de outrora e, de mansinho,
Revivamos as ternas madrugadas
Entre trigais e urze e rosmaninho ...

Repara que as papoilas encarnadas
Que o vento move, em louco remoinho,
São beijos e carícias fecundadas
Por nosso amor ao longo do caminho!

Tal como o tempo, o rio perpassa e corre
E corre o nosso amor que nunca morre
Porque amar é estar sempre à tua espera.

Esvai-se o dia? Vem outro alvorecer.
Vai-se o inverno e torna a renascer
A flor que eu sou na tua Primavera.

AMOR – SAUDADE

Amor, se é verdadeiro, já não sai
Da alma, tem eterna duração,
O fogo, quando ateia, não se esvai,
Fica latente em místico clarão.

Amor corre nas veias, gira e vai
No âmago florir do coração;
A compasso, se expande e se contrai
Soprando vida em cada pulsação.

Amor é ave bela em liberdade,
Esvoaça entre a amargura e a saudade,
Sentimento que tanto fere e dói ...
E é neste amor sofrido que acredito ...
Que rasga latitudes de infinito
Dentro da própria alma que o constrói.
(Autoria: Lolita Ramirez)
.

Bem, e aqui me fico virado para os preparativos do jantar.Fiquem bem e que o fim-de-semana seja de bons ares e repletos de felicidades

quinta-feira, 18 de junho de 2009

ESTADO de IESPIRITO OPTIMO…

Para se estar calmo e sereno, a vida é uma maravilha quando se consegue alcançar os pilares que contem a harmonia do equilíbrio emocional perfeito, para que se possa andar pelos caminhos cheio de felicidade estampada nas nossas reacções, nos desempenhos perante o ambiente que nos rodeia, onde podemos nos integrar com um simples sorriso para com o espaço envolvente, levando um pouco de uma saudável energia e bom humor.
Espero continuar com este espírito, mas convinha que estivesse menos cansado, pois já não sei o que é dormir sete horas seguidas, faz muito tempo, por esse motivo hoje vou tentar deitar-me á meia-noite, ah, ah, ah, ah.
O jantar vai ser aqueles bifinhos de cogumelos, receita já editada neste blogue.
A leitura que escolhi foi:

VIVE-SE…

Alimentando os sonhos,
Nos alegres momentos que conquistamos
Dia após dia,
Vive-se apenas… direi entre palavras
Nos poemas…
Que embalo na escrita,
Como um barco na suavidade do mar.
Fecho os olhos,
Recordo os prazeres ínfimos
Onde tudo sou,
No nada que habita neste cosmos
Entre pequenos pirilampos no céu
Brilhando como estrelas
Dando cor á nossa existência.
No canto da cotovia
Na voz que alcança o firmamento
Respiro sílabas de sentimento…
Erguendo a voz no silêncio,
Dizendo…
Oh como é bom viver!
Sim! Como é bom viver…
Sentir…
Ver…
Dia, após dia
O nascer do sol numa nova esperança…
A rosa a florir na beleza de um sorriso…
O vento que beija os prados…
O choro de uma criança que se dá a conhecer…
Um rio que corre sem medo…
Como o abraço do tempo,
Que nos envolve e faz acontecer…
E vive-se tão só de momentos,
Nestes momentos…
Que nos fazem sorrir…
Sonhar…
Viver…
Assim queiramos.
(Autoria: LUIS F)

Depois de algum descanso eu irei experimentar uma receita da Inês.
Fiquem bem e agradável resto de semana.

terça-feira, 16 de junho de 2009

O TEMPO :::

Este tempo dá cabo de mim, sinto-me triste sem ter motivo aparente, a nostalgia apodera-se dos meus felizes pensamentos, consumindo-me, tenho vontade de desabafar algo que não consigo relatar, porque simplesmente não sei o que me perturba, sinto um peso inexplicável, como se de algo de grave tivesse acontecido, mas na verdade só estou silencioso e sem objectividade ou mesmo sem uma pequeníssima reacção sobre seja o que for.
Tenho vontade de encontrar alegria e sorrir, mas por outro lado, não estou receptivo a procurar confusão de movimentos ou convivência.
Que sorte de tempo,
Nem o jantar me apetece fazer, irei encomendar.
Vou deixar algo que li, amanha estarei melhor dos “ânimos”.
“SILENCIO; NOSTALGIA”
.
Silêncio, nostalgia...
Hora morta, desfolhada,
sem dor, sem alegria,
pelo tempo abandonada.
.
Luz de Outono, fria, fria...
Hora inútil e sombria
de abandono.
Não sei se é tédio, sono,
silêncio ou nostalgia.
.
Interminável dia
de indizíveis cansaços,
de funda melancolia.
Sem rumo para os meus passos,
para que servem meus braços,
nesta hora fria, fria?
(Autoria: Fernanda de Castro)
.
“MELANCOLIA”
.
Oh dôce luz! oh lua!
Que luz suave a tua,
E como se insinua
Em alma que fluctua
De engano em desengano!
Oh creação sublime!
A tua luz reprime
As tentações do crime,
E á dôr que nos opprime
Abres-lhe um oceano!
.
É esse céo um lago,
E tu, reflexo vago
D'um sol, como o que eu trago
No seio, onde o afago,
No seio, onde o aperto?
Oh luz orphã do dia!
Que mystica harmonia
Ha n'essa luz tão fria,
E a sombra que me guia
N'este areal deserto!
.
Embora as nuvens trajem
De dia outra roupagem,
O sol, de que és imagem,
Não tem essa linguagem
Que encanta, que namora!
Fita-te a gente, estuda,
(Sem mêdo que se illuda)
Essa linguagem muda...
O teu olhar ajuda...
E a gente sente e chora!
.
Ah! sempre que descrevas
A orbita que levas,
Confia-me o que escrevas
De quanto vês nas trevas,
Que a luz do sol encobre!
As victimas, que escutas,
De traças mais astutas
Que as d'essas féras brutas...
E as lastimas, as luctas
Da orphã e do pobre!
(Autoria: João de Deus)
.
Decerto e espero que o vosso dia tenha sido maravilhoso, que amanha seja melhor ainda e o meu também.
Fiquem bem.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Comareira uma aldeia entre muitas...



Aldeia Comareira.

Algumas aldeias vizinhas construidas em xisto (fotos seguintes) , na região de Gois existem muitas assim, que dão uma paisagem de grande sossego, uma enorme paz auxiliada pelo silêncio caracteristico deste ecossistema rural.

Aigra Nova

Aigra Nova, uma aldeia do concelho de Gois.

Aigra Velha

Uma das aldeias de Xisto Aigra Velha.
Bem hoje não existe receita pois fui convidado a jantar com um pessoal amigo, mas quem sabe amanha farei algo de insperado, ah, ah, ah, ah.
Fiquem bem e se poderem vão lá ás aldeias é lindo.

domingo, 14 de junho de 2009

MAIS UM DIA EXPLENDIDO...

Passei por onde nunca tinha passado, vi lugares esplêndidos com paisagens magnificas, entrei num interior de Portugal onde as velhas tradições se mantêm com a mesma simplicidade e humildade, as terras de amanho estão repletas com as suas cores verdejantes, espaços ocupados também por enormes quantidades de gado ovino e caprino que pastam no silencio característico de um rural interior, a velhinha aldeia com as menos de trinta casas onde ainda se mantêm a traça original de épocas bastante remotas, com as suas construções em pedra de xisto, onde desfrutei do interior de uma casa típica daquelas paragens, cozinha, sala, três quartos, wc, varandas, adega, curral, dois fumeiros repletos de enchidos.
Andei pelo vale e pelos montes, respirando os aromas puros da natureza, estes davam uma sensação de liberdade que fazia fluir pensamentos calmos e belos na minha mente, fazendo que o meu corpo se sentisse num mundo surreal, onde os conflitos num ambiente de uma sociedade consumista e monopolista eram inexistentes, a paz e a harmonia eram uma constante do dia a dia daquela pequena comunidade, onde tudo neste ecossistema está interligado como se, se trata-se de um só elemento.
As pessoas são sociáveis e acolhedoras, desconfiadas de início mas logo depois de algum contacto, nasce uma familiaridade tão intensa que nos faz pensar que as conversas entre nós já eram de velhos conhecidos.
Ouvi temas da terra e narrei temas do meu universo, algo que sempre gostei de ouvir, as histórias são sempre diferentes, isto mediante a sua geografia, ambiente, pessoas e tradições.
No fumeiro ouvi uma fêmea suína que teve 17 leitõezinhos, algo deveras impressionante, ah, ah, ah, ah, ah ou uma ovelha que detêm o recorde em quantidade de leite diário, couves de grandes dimensões, aproveitei a oferta de duas couves, onde cada folha destas faz duas de um jornal aberto, comprei uns enchidos de lá e um queijo amanteigado.
Na despedida as simpáticas pessoas que me acolheram obrigaram-me a prometer uma nova visita aquela aldeia cheia de alegria, paz e sossego.
De regresso ao meu lar já o relógio indicava três horas da manha, foi tomar um duche e ir para o meu “Thálamo” como chamam os gregos a um quarto.
As Quadras Dele (II)
.
Digo pra mim quando oiço
O teu lindo riso franco,
"São seus lábios espalhabdo,
As folhas dun lírio branco..."
.
Perguntei às violetas
Se não tinham coração,
Se o tinham, porque 'scondidas
Na folhagem sempre estão?!
.
Responderam-me a chorar,
Com voz de quem muito amou:
Sabeis que dor os desfez,
Ou que traição os gelou?
.
Meu coração, inundado
Pela luz do teu olhar,
Dorme quieto como um lírio,
Banhado pelo luar.
.
Quando o ouvido vier
Teu amor amortalhar,
Quero a minha triste vida,
Na mesma cova, enterrar.
.
Eu sei que me tens amor,
Bem o leio no teu olhar,
O amor quando é sentido
Não se pode disfarçar.
.
Os olhos são indiscretos;
Revelam tudo que sentem,
Podem mentir os teus lábios,
Os olhos, esses, não mentem.
.
Bendita seja a desgraça,
Bendita a fatalidade,
Bendito sejam teus olhos
Onde anda a minha saudade.
.
Não há amor neste mundo
Como o que eu sinto por ti,
Que me ofertou a desgraça
No momento em que te vi.
.
O teu grande amor por mim,
Durou, no teu coração,
O espaço duma manhã,
Como a rosa da canção.
.
Quando falas, dizem todos:
Tem uma voz que é um encanto
Só falando, faz perder
Todo juízo a um santo.
.
Enquanto eu longe de ti Ando,
perdida de zelos,
Afogam-se outros olhares
Nas ondas dos teus cabelos.
.
Dizem-me que te não queira
Que tens, nos olhos, traição.
Ai, ensinem-me a maneira
De dar leis ao coração!
-
Tanto ódio e tanto amor
Na minha alma contenho;
Mas o ódio inda é maior
Que o doido amor que te tenho.
.
Odeio teu doce sorriso,
Odeio teu lindo olhar,
E ainda mais a minh'alma
Por tanto e tanto te amar!
.
Quando o teu olhar infindo
Poisa no meu, quase a medo,
Temo que alguém advinhe
O nosso casto segredo.
.
Logo minh'alma descansa;
Por saber que nunca alguém
Pode imaginar o fogo
Que o teu frio olhar contém.
.
Quem na vida tem amores
Não pode viver contente,
É sempre triste o olhar
Daquele que muito sente.
.
Adivinhar o mistério
Da tua alma quem me dera!
Tens nos olhos o outono,
Nos lábios a primavera...
.
Enquanto teus lábios cantam
Canções feitas de luar,
Soluça cheio de mágua
O teu misterioso olhar...
.
Com tanta contradição,
O que é que a tua alma sente?
És alegre como a aurora,
E triste como um poente...
.
Desabafa no meu peito
Essa amargura tão louca,
Que é tortura nos teus olhos
E riso na tua boca!
.
Os teus dente pequeninos
Na tua boca mimosa,
São pedacitos de neve
Dentro de um cálix de rosa
.
O lindo azul do céu
E a amargura infinita
Casaram. Deles nasceu
A tua boca bendita!
(Autora: Florbela Espanca)
Desejos de um belissimo Domingo, num espaço onde todas as pessoas se possam sentir "Felizes" á sua maneira.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

AS OBRAS ACABARAM…os animos elevaram-se..

Ficou diferente com as obras, mas já tenho mais espaços vazios para arrumar algumas coisas amontoadas, ah, ah, ah, ah, então a cozinha está com uma banquinha de se tirar o chapéu ou coloca-lo para preparar e cozinhar os ingredientes dos meus petiscos.
Fiquei tão satisfeito com o resultado, que quase não me apetece ir fazer a viagem do fim-de-semana mensal, ah, ah, ah, ah.
Bem, não era para vir ao espaço, mas a curiosidade de saber como vão indo os vossos é superior.
Como tive de jantar fora, não existe receita, algo que será caprichado amanha.
Deixo algo de agradável que li.
.
Um Mundo de Sonho - Um sonho de Mundo
Deslizo pelas rugas dos lençóis,
O lume do dia
Vem brincar sobre o teu corpo.
Olho-te…
Espero-te…
Saímos,
Vulgos exploradores,
Com vontade de descobrir recantos
Torná-los nossos.
Naquela loucura infantil
Característica dos amantes.
Conduzida por Ti, sorvo ruelas
Vislumbro varandins a dourar ao sol
Dirigimo-nos ao mar
Sabes sempre,
Adivinhas sempre, onde quero estar!
Sol, areia e salpicos salgados.
Envolto pelas lágrimas marinhas,
Reflectes-te em mil pedaços,
Cada qual com o seu brilho,
A sua cor…
As minhas mãos procuram as tuas,
Querem entrelaçá-las, guardá-las…
Hoje, tenho as tuas gargalhadas,
Diluídas na brisa fresca que teima em brincar com os meus cabelos.
Os raios de sol vêm,
Suavemente,
Despedir-se de nós….
Deslizo pelas rugas dos lençóis
E, acordo d’um dia perfeito
No sonho de uma noite.
(Autoria: Desconhecida)
Fiquem bem e espero que estejam felizes com estes e os vossos momentos de relaxamento.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

EXISTEM DIAS…

Que a vontade de mover uma simples e leve pena desaparece, onde um simples pensar se torna num sacrifício enorme, já para não falar em ouvir de outras inconveniências da rotina da vida diária.
Hoje é um dos raros dias em que o paraíso está a milhares de milhas da minha mente desassossegada, por mais que tente me concentrar, a mente e o corpo teimam em continuar em plena abstracção do mundo real, pedindo cada vez mais a inércia e o isolamento em relação a tudo.
Com o tempo a ajudar com a chuva miudinha, na verdade, evito de estar ansioso e o melhor será pôr-me a relaxar.
Depois deste sem sentido, vou deixar mas é qualquer coisa que li, ah, ah, ah, ah.
.
VAZIO do PENSAMENTO
Vejo o mergulhar das esperanças no mar
Da escuridão na dualidade dos oceanos
Que se misturam matando as pretensões
Deixando apenas a destruição do que era bonito.

Passa suave a brisa, beija com escárnio
Aquilo que foi, bafejando destroços
E vitimas no doce sabor destruidor
Fazes da paisagem o teu modo de brincar.

Esqueces do que a natureza te deu
Rejuvenescendo o espírito choroso
Dando ao sorriso, gosto de não chorar
Carinhoso abraço sentiste ao chegar.

Vazio do pensamento como o esperar
Do novo dia, sem sono para dormir,
Sem sonho para ser sonhado; vazio
Então relembras, oportunidades perdidas.
(autor; desconhecido)
.
Como amanha irei estar sem fazer nada, penso eu de que, pode ser que venha um Sol maravilhoso para animar.
Fiquem bem e boas ideias para passar o tempo de descanso laboral.

sábado, 6 de junho de 2009

CÀ ESTOU EU COM MAIS UMA SEMANA…

Uma imagem criada com legumes.
Se existem maravilhas nesta vida uma delas é o facto de se ter saúde, só por isso me considero uma pessoa cheia de sorte, com muita força para percorrer estes caminhos que por vezes têm alguns espinhos, os quais evito com a alegria vigorante que me preenche a maior parte dos meus dias, eu consigo sobreviver sempre motivado para avançar cada vez mais nesta esplendorosa e monumental etapa, que é o percurso feliz de uma vida totalmente sã e plena de felicidade.
Se existem coisas pequenas que eu consigo apreciar e desfrutar, por que não as aproveitar na sua totalidade para assim constantemente relaxar, muitas vezes estas pequenas coisas passam por nós sem lhe dar o devido valor, nem ligando para determinados significados da sua existência e o que estas representam na nossa vida.
Eu adoro apreciar tudo o que inspira e reflecte algo de bom, benéfico para todos os sentidos humanos, sempre foi esta sensibilidade existente em mim que faz com que eu me sinta a maior parte do tempo harmoniosamente feliz com o meu meio ambiente, mesmo com os contratempos da vida normal, eu consigo sempre encontrar um motivo para sorrir e superar qualquer angustia. Não gosto muito de falar de amigas no meu espaço, mas encontrei uma amiga neste meio que basta-me eu lembrar o nome dela para que se altere o meu estado de espírito, ela é tão alegre, tão pura nas suas emocionadas demonstrações de felicidade, dentro da sua simplicidade em como se exprime quando está contente, deixando sair dos seus lábios um som contagiante aquando solta sorrisos, que timbram e ecoam pelo espaço envolvente de tal forma que conseguem hipnotizar as mentes que atentamente os ouvem, ela é simplesmente maravilhosa no que diz respeito a boa disposição e positividade, quase tanto como eu, ah, ah, ah, ah.
Já falei demais, provavelmente, mas sinceramente a vida poderia ser muito diferente se o ar estivesse carregado de sons de positividade e alegria.
Bem, hoje decidi colocar a receita do almoço, que foi:
INGREDIENTES
2 – Postas de bacalhau grosso demolhado
2 – Dentes de alho
6 – Fatias de pão
400gr – Batatas pequeninas
(?) – Azeite do bom e pimenta (qb)
PREPARAÇÃO
Peguei nas postas de bacalhau demolhado (eu deixei-o um bocadinho a saber ao sal, mas não salgado nem insosso) e coloquei-as numa travessa de barro para ir ao forno.
Piquei os dentes de alho bastante fininho, esfreguei e espalhei os pedacinhos pelas postas.
Polvilhei as postas com um bocadinho de pimenta em pó.
Reguei com bastante azeite.
Esfarelei grosseiramente as fatias de pão e cobri as postas.
Coloquei a travessa no forno que já estava quente, repare-se bem, tem de se ir regando sempre o bacalhau com o azeite que está no fundo da travessa, “muitas vezes para não secar”, como o bacalhau é grosso demorou 30 minutos a assar.
As batatas depois de bem lavadas, foram cosidas inteiras com a pele á parte num tacho com água e um pouco de sal.
Estava muito bom.
Ainda vou deixar um pouco de leitura.
Ser Doido-Alegre, que Maior Ventura!
Ser doido-alegre, que maior ventura!
Morrer vivendo p'ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade!

Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola, a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.

Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório um paraíso...

Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
(Autor: António Aleixo)
Levando a vida responsavelmente bem divertida, com um belo sentido de alcançar muita alegria, para uma plena felicidade sem medida.
Fiquem bem e se poderem sigam sempre com um sorriso radioso no pensamento do dia.

terça-feira, 2 de junho de 2009

É urgente o amor
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rio
se manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
(Autor: Eugénio de Andrade)

Eu sei, não te conheço mas existes
Eu sei, não te conheço mas existes.
por isso os deuses não existem,
a solidão não existe
e apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito.
Não me perguntes como mas ainda me lembro
quando no outono cresceram no teu peito
duas alegres laranjas que eu apertei nas minhas mãos
e perfumaram depois a minha boca.
Eu sei, não digas, deixa-me inventar-te.
ao é um sonho, juro, são apenas as minhas mãos
sobre a tua nudez
como uma sombra no deserto.
É apenas este rio que me percorre há muito e desagua em ti,
Porque tu és o mar que acolhe os meus destroços.
É apenas uma tristeza inadiável, uma outra maneira de habitares
Em todas as palavras do meu canto.
Tenho construído o teu nome com todas as coisas.
tenho feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente
desesperadamente
à tua procura, sempre á tua procura
até me dar conta que estás em mim,
que em mim devo procurar-te,
e tu apenas existes porque eu existo
e eu não estou só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti,
a ti que eu amo.
(Autor: Joaquim Pessoa)
Alegria e boa continuação de uma bela semana.