sábado, 24 de abril de 2010

E... Mais um Domingo

Passa o tempo muito devagar, deixando percursos de saudade, de tempos belamente vividos, dentro de grande privacidade.

A semana foi incrivelmente laborioso, ofegante e deveras desgastante, no entanto aproveitei no andado caminho, algo de novo e entusiasmante, que no futuro me fará rir, sobre a natureza deste passado hilariante.

As diversidades existentes na natureza mental das pessoas, obrigam a diversificadas situações de postura no confronto diário de cada um em relação ao seu mundo em redor, uns amam a sua vida outros odeiam simplesmente o seu dia.

Para mim não existe melhor situação desta, senão retirar o melhor proveito de cada segundo nesta vida.

Não tenho tido tempo para grandes cozinhados, mas voltarei em breve com novidades de novos preparados.

Nem café nocturno, tenho bebido no familiarizado, sofá esticado e descansado.


MEU CORAÇÃO ESTÁ TRISTE

Meu coração está triste

E sente-se bastante solitário

Resolveu que deve seguir

O seu destino sozinho

Pois não quer mais dividir

Suas emoções

Não quer mais estar com...

Pois, não consegue viver

Numa vida de subterfúgios

Nem trabalhar

Com momentos mendigados

Prefere antes estar só


Meu coração

Procura abrigo

Mas, não com certeza

Dessa forma

Quer ser livre

E poder amar e viver livremente


Não consegue viver

Num mundo

Onde reina a hipocrisia

O falso moralismo

É o que é


Chegou a hora de

Quabrarmos as correntes

E assumo

Basta de silêncio.

(Lília Trajano)

Que a tristeza nunca se aproxime de nossos corações.

domingo, 18 de abril de 2010

DIA DE PAZ E AMOR

Dois Universos

Escolher o mais feliz
Tenho andado muito stressado com a vida de eterno solitário, não tenho tido tempo para grandes encontros de amizades ou de um provavel encontro dentro de um delicioso e prometedor amor.
Tenho-me resignado a uma estrada solitária, muitas vezes gélida e imensamente espinhosa.
Uma vez por outra aparece uma alma, que me ilumina com suaves palavras, parecendo estonteantes mas agradaveis raios de calor, que me aquecem o corpo e a alma, fazendo relembrar que existem coisas boas na vida, estas que merecem ser intensamente desfrutadas.
Como a positividade dos belos sonhos alegrarem a vida, assim vou esquecendo os breves momentos da minha negra agonia.

FALANDO DE AMOR ...
Falando de amor ...
O amor é uma brisa no olhar,
É uma luta contra o coração,
Também, um pensamento sem razão.
O amor é um sonhar acordado,
É um furacão,
Que surge dentro do coração.
O amor é um eclipse no final de um beijo,

É uma estação, é inverno e é verão,
É um raio de sol iluminando o coração.
O amor é a chama incandescente,
É o sorriso contente,

É o cuidar da gente,
Mas, também é a saudade de quem está ausente.
Por tudo isso quero dizer:
Eu amo você !
Autor: Soélis Sanches
Adormecida
.
ma noite, eu me lembro...Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente...
.
'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.
.
De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,
Iam na face trêmulos — beijá-la.
.
Era um quadro celeste!... A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
.
Dir-se-ia que naquele doce instante
Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes,
Fazia-lhe ondear as negras tranças!
.
E o ramo ora chegava ora afastava-se...
Mas quando a via despeitada a meio,
P'ra não zangá-la... sacudia alegre
Uma chuva de pétalas no seio...
.
Eu, fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
"Ó flor! — tu és a virgem das campinas!
"Virgem! — tu és a flor da minha vida!..."
Autor: Antônio Frederico de Castro Alves
.
E por aqui fico desejando belissimos tempos de paz e de amor para todo o Universo.

domingo, 11 de abril de 2010


DE TARDE
Naquele pic-nic de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
.
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
( Cesário Verede)
PRÓ PUDOR
Todas as noites ela me cingia
Nos braços, com brandura gasalhosa;
Todas as noites eu adormecia,
Sentindo-a desleixada a langorosa.
.
Todas as noites uma fantasia
Lhe emanava da fronte imaginosa;
Todas as noites tinha uma mania,
Aquela concepção vertiginosa.
.
Agora, há quase um mês, modernamente,
Ela tinha um furor dos mais soturnos,
Furor original, impertinente...
.
Todas as noites ela, ah! sordidez!
Descalçava-me as botas, os coturnos,
E fazia-me cócegas nos pés...
(Cesário Verde)
.
Hoje fico por aqui, sejam sempre aquilo que vos fazem felizes.

domingo, 4 de abril de 2010

DOMINGO DE PÀSCOA

È tradição oferecer-se um folar na Pascoa aos afilhados e demais familiares e amigos.
Eu tenho uma afilhada e só não lhe ofereço mais apoios se não poder durante todo o ano.
A Pascoa é um dos momentos de fé, entre outros, mais apaziguador e de união entre algumas das religiões praticadas no Mundo.
Cada uma tem a sua própria forma de a celebrar.
As igreijas católicas e protestantes, as ortodoxicas, os templos judaicos, etc, todos celebram em datas diferentes o mesmo " A Pascoa", uns um domingo antes outros depois, mas penso que o significado é universalmente o mesmo.
È um tempo de perdão e reconciliação entre os povos, aos quais se pede uma grande união.
Uma Pascoa cheia de Paz para todos.
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Tambem é tradição comer-se borrego nesta altura, e para isso vou almoçar um ensopado de borrego, não sou eu que vou cxozinhar, pois vou almoçar em casa de um irmão.
Mas sei uma receita para a altura.
INGREDIENTES
1 Kg - Borrego
150 grs - Margarina
4 - Cebolas
4 - Dentes de alho
1 - Folha de louro
4 - Grãos de pimenta
1 - Colher de sobremesa Colorau doce
2 - Colheres de sopa Vinagre
(?) - Picante, Farinha, Pão, Coentros, Sal q.b.
CONFECÇÂO
Costumo cortar o borrego aos pedaços e depois passo-os pela farinha.
Numa sertã com metade da margarina alouro os pedaços.
Corto as cebolas e os alhos em rodelas e coloco num tacho com muito pouca água, junto o louro e a pimenta em grão, faço um refogado pouco puxado com a restante margarina.
Depois junto o borrego, tempero com sal, com o picante, com o colorau e os coentros, coloco a água necessária para ensopar o pão e fica a cozer, depois de começar a ferver, baixa-se o lume.
Corto o pão ás fatias e coloco-as numa terrina de sopa.
Quando for altura de servir, retiro a carne para juntar ao caldo o vinagre, para isso tenho de o ferver outra vez para ligar.
Depois de ferver é só deita-lo sobre o pão que está na terrina.
Ñuma travessa á parte coloquei a carne.
Depois é só saborear.
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"A Páscoa na Minha Aldeia"
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Toca o sino na capela
Surgem foguetes no ar,
Põem-se flores na ruela
Nossa Páscoa vai chegar.
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Abrem-se as portas à Cruz
Neste dia tão festejado,
Entre nós vai estar Jesus
Como nosso convidado.
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E o povo da minha aldeia
Trajando todo a rigor
De casa em casa passeia
Beijando a Cruz do Senhor.
.
Numa bela comunhão
De pura fraternidade,
Vibra em cada coração
A corrente d'amizade
.
Nas casinhas do lugar
Onde a festa nos rodeia,
Encontramos em cada lar
Uma mesa sempre cheia
.
Nesta onda de alegria
Que a Páscoa nos faz viver,
Há sempre durante o dia
Um copito p'ra beber.
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E à noite já satisfeitos
Com um grãozinho na asa,
Uns tortos outros direitos
Todos vão dormir p'ra casa.
(Autor: Rama Lyon)
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Que este domingo seja mais um de grande harmonia e confreternização entre todos.
PS: Estou atrasado, mas logo logo ierei aos vossos maravilhosos espaços, perdão.